Motora AI

Quando falamos em segurança no transporte rodoviário, a maioria ainda associa o tema apenas ao comportamento do motorista ou à manutenção da frota. Mas a realidade é que os acidentes evitáveis geralmente começam antes da ignição do caminhão.

É no planejamento técnico e estratégico das operações que se ganha (ou se perde) o controle dos riscos. E duas ferramentas são fundamentais nesse processo: a Análise de Riscos de Rotas e o Rotograma.

Por que fazer Análise de Riscos de Rotas?

A análise de risco permite identificar, avaliar e mitigar as ameaças associadas a uma rota antes mesmo de ela ser executada. Mais do que uma exigência documental, trata-se de uma ferramenta viva de prevenção.

Algumas das variáveis analisadas:

· Volume e tipo de tráfego

· Condições da via (geometria, pavimento, sinalização)

· Ocorrências históricas de acidentes ou roubos

· Padrão climático da região

· Presença de áreas urbanas, escolares ou com alto fluxo de pedestres

· Trechos com maior exposição a neblina, alagamentos ou queimadas

Esse estudo técnico permite classificar o risco das rotas, priorizar ações preventivas e alinhar a operação à realidade da estrada.

 Como deve ser feita essa análise?

A avaliação precisa combinar observação de campo, uso de dados históricos, participação de motoristas experientes e aplicação de checklists padronizados.

Alguns exemplos de critérios práticos:

· Qual a distância total do trajeto?

· Há cruzamentos de pista? Eles oferecem área de manobra segura?

· Quais são os pontos críticos para freios, visibilidade e estabilidade do veículo?

· Existem locais seguros e estruturados para paradas e pernoite?

Quando a rota é considerada de alto risco, é essencial implementar controles extras, como tecnologia embarcada, rotogramas falados e acompanhamento mais rigoroso por parte da gestão.

Além disso é fundamental considerar que mudanças temporárias podem ocorrer em alguns trechos, como o exemplo de obras, com pare x siga etc. É necessário ter um canal de comunicação vivo “De” e “Para” motoristas a fim de manter todos na “mesma página” do cenário das estradas.

Imagem gerada por IA Generativa – ChatGPT + Recraft

 O que é um Rotograma?

É o mapa operacional da viagem, construído a partir da análise de risco. Ele consolida as orientações necessárias para que o motorista tenha clareza sobre o caminho, os cuidados e as restrições da rota.

Um bom rotograma inclui:

· Trechos e rodovias a serem utilizadas

· Data da última atualização

· Condições das vias

· Áreas de atenção (curvas fechadas, cruzamentos, regiões de roubo etc.)

· Locais permitidos para paradas

· Telefones úteis (emergência, suporte técnico, autoridades)

· Instruções específicas para manobras críticas

E o mais importante: ele deve ser seguido à risca, salvo em situações emergenciais devidamente justificadas, registradas e aprovadas pelos níveis gerenciais.

 Cercas Eletrônicas: reforçando o controle

As cercas eletrônicas tratam-se de barreiras virtuais configuradas em locais críticos da rota — como trechos urbanos, curvas perigosas ou regiões com histórico de acidentes.

Sempre que um veículo ultrapassa os parâmetros definidos (velocidade, tempo de permanência, desvio), um alerta é gerado para tratativa imediata.

Essa funcionalidade permite:

· Atuar preventivamente com motoristas reincidentes

· Criar campanhas educativas baseadas em dados reais

· Alimentar indicadores de segurança para tomada de decisão

 Rotograma Falado: o copiloto eletrônico

Com a evolução da tecnologia embarcada, através das cercas eletrônicas, o rotograma pode ser integrado ao computador de bordo, transformando-se em um sistema ativo de alertas sonoros e visuais.

Essa versão falada orienta o motorista em tempo real, indicando:

· Reduções de velocidade obrigatórias

· Entrada em áreas de risco ou zonas controladas

· Proximidade de escolas, cruzamentos ou áreas urbanas

· Ponto de parada próximo autorizado

É uma forma prática de reforçar a atenção e minimizar falhas humanas — principalmente em rotas pouco conhecidas ou longas.

Imagem gerada por IA Generativa – ChatGPT + Recraft

 Benefícios concretos da prática

Implementar a análise de risco e o rotograma de forma estruturada traz ganhos mensuráveis:

· Redução de acidentes e quase acidentes

· Melhoria na performance de motoristas

· Aumento da previsibilidade e produtividade

· Maior aderência a padrões de SSMA

· Engajamento real da equipe de campo com segurança

Essas ferramentas transformam segurança em processo e não apenas em discurso. Trazem inteligência operacional e eliminam a subjetividade na escolha de rotas e na tomada de decisão.

 Segurança não começa na estrada. Começa no planejamento.

A segurança rodoviária eficaz exige mais que boa intenção. Exige método.

Ao transformar a avaliação de risco e o rotograma em rotina técnica, conectada com a gestão e a operação, damos um passo concreto rumo ao transporte seguro e com máxima eficiência.

Pessoas, Processos e Tecnologia: essa é a base de uma cultura sólida e sustentável.

 E você, já revisou suas rotas este ano?

Compartilhe esse conteúdo com quem também acredita que segurança se constrói com método, e não com sorte.

헦헲 헾혂헶혀헲헿 혁헿헼헰헮헿 헶헱헲헶헮혀 혀헼헯헿헲 헿헼혁헼헴헿헮헺헮혀, 헮혃헮헹헶헮헰ã헼 헱헲 헿헶혀헰헼 헼혂 혂혀헼 헱헲 혁헲헰헻헼헹헼헴헶헮 헲헺헯헮헿헰헮헱헮, 헺헲 헰헵헮헺헲 헻헼 헶헻헯헼혅. 헩헮헶 혀헲헿 혂헺 헽헿헮혇헲헿 헰헼헻혁헿헶헯혂헶헿!

#SegurançaRodoviária #GestãoDeRiscos #ViaSafety #LogísticaInteligente

=======================================================

English Version

Route Risk Analysis and Roadmap: The Technical Foundation of Road Safety

When it comes to road transport safety, most people still associate the topic solely with driver behavior or vehicle maintenance. But the truth is, preventable accidents often begin before the truck is even started.

It’s through strategic and technical planning that risk is either controlled—or lost. And two tools are fundamental in this process: Route Risk Analysis and the Safety Roadmap (Rotograma).

Why conduct Route Risk Analysis?

Risk analysis enables you to identify, assess, and mitigate potential hazards associated with a route before it’s even executed. More than just a compliance requirement, it’s a dynamic prevention tool.

Key factors typically analyzed include:

• Traffic volume and vehicle types

• Road conditions (geometry, pavement, signage)

• History of accidents or thefts along the route

• Regional weather patterns

• Presence of urban zones, schools, or high pedestrian areas

• Segments prone to fog, flooding, or wildfires

This technical study allows for route risk classification, prioritization of preventive actions, and alignment of operations with real-world road conditions.

What does an effective risk analysis look like?

A solid assessment combines field observation, historical data, input from experienced drivers, and standardized checklists.

Sample evaluation criteria:

• What is the total route distance?

• Are there crossings? Are they maneuverable and safe?

• Where are the critical points for braking, visibility, or vehicle stability?

• Are there safe and suitable locations for rest stops or overnight stays?

When a route is classified as high-risk, additional controls must be in place—such as onboard technology, spoken safety roadmaps, and more rigorous managerial monitoring.

It’s also essential to consider temporary changes (e.g., roadworks, stop-and-go areas). A live communication channel to and from drivers is critical to keeping everyone on the same page.

What is a Safety Roadmap (Rotograma)?

This is the operational map of the trip, built upon the risk analysis. It consolidates all the essential guidance a driver needs to understand the route, associated risks, and key precautions.

An effective roadmap includes:

• Highways to be used

• Date of last update

• Road conditions

• Critical areas (sharp turns, intersections, high-risk zones)

• Authorized rest and stop points

• Useful contacts (emergency, technical support, authorities)

• Specific instructions for critical maneuvers

And most importantly: it must be followed exactly—except in emergency situations that are documented, justified, and approved by management.

Geofencing: Enhancing Control

Geofences are virtual boundaries set in critical segments—urban zones, dangerous curves, or historically hazardous areas.

Whenever a vehicle exceeds predefined parameters (speed, dwell time, deviations), an alert is triggered for immediate action.

This feature enables:

• Proactive management of recurring driver behavior

• Data-driven educational campaigns

• Safety KPIs for strategic decision-making

Spoken Safety Roadmaps: The Digital Co-Pilot

With the evolution of onboard technology, roadmaps can now be integrated into onboard computers, transforming into real-time audio and visual alert systems.

The spoken version provides live driver support, such as:

• Required speed reductions

• Entering risk areas or restricted zones

• Approaching schools, intersections, or populated areas

• Approved nearby rest stops

This is a practical way to enhance driver awareness and reduce human error—especially on unfamiliar or long-haul routes.

Tangible Benefits of Implementation

Structured application of route risk analysis and roadmaps delivers measurable results:

• Fewer accidents and near-misses

• Improved driver performance

• Greater predictability and productivity

• Higher compliance with EHS standards

• Stronger field team engagement with safety

These tools turn safety from a concept into a structured process. They bring operational intelligence and remove subjectivity from route planning and decision-making.

Road safety doesn’t begin on the highway. It starts with planning.

Effective road safety requires more than good intentions. It requires methodology.

By embedding risk assessments and roadmaps into daily routines—linked with leadership and frontline teams—we take a concrete step toward safer and more efficient transport.

People, Process, and Technology: this is the foundation of a strong, sustainable safety culture.

Have you reviewed your routes this year?

Share this post with others who believe that safety is built on method—not luck.

If you’d like to exchange ideas on roadmaps, risk assessments, or the use of onboard technology, feel free to reach out via inbox. I’d be happy to contribute!

#RoadSafety #RiskManagement #ViaSafety #SmartLogistics

Tibério Pereira
Consultor em Road Safety, SSMA e Logística | Redução de Sinistralidade e Custos Operacionais | Experiência em Esso, Cosan, Raízen | Implantação de Inovação em Grandes Embarcadores e Transportadoras


0 comentário

Deixe um comentário

Espaço reservado para avatar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *